O ego e a ação

Para mim, no dia de hoje, faz muito sentido uma frase de Freud acerca dos propósitos da terapia: “que onde há super-ego, aja eu”. O super-ego, na terminologia psicanalítica, refere-se à instância crítica, responsável por sentirmos culpa. Quando sentimos culpa é porque fomos “alertados” quanto à proibição do ato que realizamos. Aí entra o super-ego. O ego não: por meio dele, agimos. Ele é a instância, por assim dizer, “ativa” – operatória. Logo, quanto mais forte for o super-ego, maior é a culpa, maior o sofrimento e a frustração e mais escassa a ação. Daí que, quanto maior o espaço do ego, mais agimos, mais intervimos na realidade, fazemos algo.