Estou aqui no meio do processo de análise de 30 entrevistas que fiz com artistas. Trabalho com essa categoria profissional há anos. Cada vez que vou conhecendo um pouco mais a atividade deles, mais me surpreendo. Claro que, no Brasil (mas, com certeza, não só…), viver de arte é…uma arte. Há muitas dificuldades, muitos obstáculos, frustrações e sofrimentos.
Mas, “aos fatos”. Acho que esta semana estou hiper-sensível quanto a esta matéria (artistas e seu trabalho). Mesmo assim, desafio alguém a ver o show abaixo. Paul Rodgers com Queen. A música é conhecida. Mas, considerem o cenário, a “gestalt”, como às vezes dizemos em psicologia. Considerem a performance. Considerem a harmonia entre instrumentos e voz humana. Considerando tudo isso (afora as catarses de cada um), é factivelmente compreensível o que me disseram os tantos artistas com os quais tive, junto com o Rafael, meu ex-parceiro jornalista lá da FGV: que ser artista é um “quase lá” em termos de proximidade ao “Criador”…